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GESTÃO MELHOR ENSINO
Curso de aperfeiçoamento de
professores
Relatos pessoais de leitura na
infância/adolescência
Sonia R.Louvison
"Uma vez por volta dos 10 anos, quando eu ainda morava em São Paulo,
Capital, eu e meu pai estávamos voltando para casa e esperávamos o ônibus. Ali
havia uma banca de jornal e eu queria que ele me comprasse uma revista em
quadrinhos, mas meu pai não tinha dinheiro. Ele só tinha para a nossa condução.
Ele disse que se comprasse, teríamos de ir embora a pé e caminhar por mais de 1
hora. Mas eu nem liguei, eu queria ler, eu queria folhear, eu queria sonhar.
Enfim, fomos para casa a pé, mas eu estava tremendamente feliz e nunca me
arrependi ou fiz qualquer reclamação sobre o que ocorreu, pois valeu à pena e
eu faria tudo hoje por um bom livro."
"Outrora, eu havia
criado um blog para a escola que eu ministrava aulas, mas mudei e não
acompanhei a sua continuação. Era o começo da tecnologia educacional nas
escolas públicas. Hoje temos o acessa escola e a escola da família.”
Sonia B.Juarez
“Eu ensinei para minha filha lendo historinhas fantásticas”. Às vezes, eu mudava o final das historinhas tradicionais e inventava outras nas leituras, ela adorava. Aprendeu a ler muito cedo e antes de ir à escola.
Penso que o estímulo é um grande
incentivador do hábito da leitura. Também acredito que o conhecimento é
fundamental.
"Desde muito cedo queria
aprender a ler, lembro-me perfeitamente bem que aos 4 e 5 anos perturbava um
dos meus irmãos, que era leitor voraz de história em quadrinhos, para
ensinar-me a ler o que estava escrito nos balões daqueles desenhos incríveis.
Hoje, ao recordar, constato que, mais
do que o desenho, a escrita me fascinava. Ele foi meu primeiro professor,
alfabetizou-me por meio das histórias em quadrinhos.
Naquela época – fim dos anos 60 – nós
tínhamos acesso aos gibis, porque meu irmão trabalhava em uma banca. O gibi do
“Tio Patinhas” era meu favorito; foi nele que descobri o universo da leitura e
escrita, por causa de suas historinhas, eu queria ficar rica e dona de poços de
petróleo quando crescesse – que engraçado – fui alfabetizada pelo “capitalismo
selvagem”.
Eu e meus irmãos aprendemos a ler por
pura curiosidade e antes de frequentarmos a escola. Nossos pais e avós eram
analfabetos. Apenas minha mãe está viva, ela tem 87 anos. Continua
analfabeta das letras, mas tem um conhecimento de mundo de dar inveja a muitos
letrados.
Lembro-me, também, de quando fui pela
primeira vez à escola. A professora ficou espantada em descobrir que eu já
sabia ler. Eu ia fazer 7 anos em maio daquele ano e já estava alfabetizada, por
isso ela transferiu-me para o 1º ano do ensino primário.
Como eu não sabia escrever a palavra
menino, eu escrevia "memino", fui transferida para sala dos mais
fracos até aprender essa palavra.
“São lembranças inúmeras e incríveis".
"Aprender a ler e escrever, desde muito cedo, foi uma descoberta
fantástica: eu poderia saber tudo o que quisesse, sobre qualquer
coisa. É a experiência mais gratificante, rica e maravilhosa que pode
acontecer na vida de uma pessoa".
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAo ler esta mensagem, vem uma cena em minha mente: uma criança feliz caminhando e carregando algo precioso... Um livro. Emocionante!!!
ResponderExcluirq bom temos sempre que ler um pouco nem q seja ua vez no dia
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