domingo, 2 de junho de 2013

Relatos pessoais de leitura na infância/adolescência

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Curso de aperfeiçoamento de professores


Relatos pessoais de leitura na infância/adolescência


Sonia R.Louvison

"Uma vez por volta dos 10 anos, quando eu ainda morava em São Paulo, Capital, eu e meu pai estávamos voltando para casa e esperávamos o ônibus. Ali havia uma banca de jornal e eu queria que ele me comprasse uma revista em quadrinhos, mas meu pai não tinha dinheiro. Ele só tinha para a nossa condução. Ele disse que se comprasse, teríamos de ir embora a pé e caminhar por mais de 1 hora. Mas eu nem liguei, eu queria ler, eu queria folhear, eu queria sonhar. Enfim, fomos para casa a pé, mas eu estava tremendamente feliz e nunca me arrependi ou fiz qualquer reclamação sobre o que ocorreu, pois valeu à pena e eu faria tudo hoje por um bom livro."

 
"Outrora, eu havia criado um blog para a escola que eu ministrava aulas, mas mudei e não acompanhei a sua continuação. Era o começo da tecnologia educacional nas escolas públicas. Hoje temos o acessa escola e a escola da família.”

 
Sonia B.Juarez

“Eu ensinei para minha filha lendo historinhas fantásticas”. Às vezes, eu mudava o final das historinhas tradicionais e inventava outras nas leituras, ela adorava. Aprendeu a ler muito cedo e antes de ir à escola. 
Penso que o estímulo é um grande incentivador do hábito da leitura. Também acredito que o conhecimento é fundamental. 
 
"Desde muito cedo queria aprender a ler, lembro-me perfeitamente bem que aos 4 e 5 anos perturbava um dos meus irmãos, que era leitor voraz de história em quadrinhos, para ensinar-me a ler o que estava escrito nos balões daqueles desenhos incríveis.
Hoje, ao recordar, constato que, mais do que o desenho, a escrita me fascinava. Ele foi meu primeiro professor, alfabetizou-me por meio das histórias em quadrinhos.
Naquela época – fim dos anos 60 – nós tínhamos acesso aos gibis, porque meu irmão trabalhava em uma banca. O gibi do “Tio Patinhas” era meu favorito; foi nele que descobri o universo da leitura e escrita, por causa de suas historinhas, eu queria ficar rica e dona de poços de petróleo quando crescesse – que engraçado – fui alfabetizada pelo “capitalismo selvagem”.
Eu e meus irmãos aprendemos a ler por pura curiosidade e antes de frequentarmos a escola. Nossos pais e avós eram analfabetos.  Apenas minha mãe está viva, ela tem 87 anos. Continua analfabeta das letras, mas tem um conhecimento de mundo de dar inveja a muitos letrados.
Lembro-me, também, de quando fui pela primeira vez à escola. A professora ficou espantada em descobrir que eu já sabia ler. Eu ia fazer 7 anos em maio daquele ano e já estava alfabetizada, por isso ela transferiu-me para o 1º ano do ensino primário.
Como eu não sabia escrever a palavra menino, eu escrevia "memino", fui transferida para sala dos mais fracos até aprender essa palavra. 
“São lembranças inúmeras e incríveis".

"Aprender a ler e escrever, desde muito cedo, foi uma descoberta fantástica: eu poderia saber tudo o que quisesse, sobre qualquer coisa. É a experiência mais gratificante, rica e maravilhosa que pode acontecer na vida de uma pessoa".


3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Ao ler esta mensagem, vem uma cena em minha mente: uma criança feliz caminhando e carregando algo precioso... Um livro. Emocionante!!!

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  3. q bom temos sempre que ler um pouco nem q seja ua vez no dia

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